terça-feira, 1 de outubro de 2013

Luz do céu


La em baixo daquela ponte, crianças brincavam com uma bola feita de meia
Em meio ao ruído dos carros que pareciam competir pra ver quem chegava primeiro não se sabe onde, elas corriam e sorriam felizes e despreocupadas.
Houve um tempo e é agora, que um mestre estava na terra a ensinar suas crianças e elas tinham diversas faixas etárias.
Umas muito  envelhecidas pela dor e carência  o buscavam para ouvir-lhe as predicas formosas de esperança numa vida  que do ponto de vista onde a sentiam, era o céu que descia a terra ao som daquela voz, que com serena autoridade fazia afirmações tocantes e verdadeiras.
Mesmo aqueles que  não o entenderam de pronto, sorviam    sorridentes ou chorando aquelas palavras do verbo divino encarnado que lhes enchia a alma de contentamento, quais as crianças em baixo da ponte entre a correia dos carros.
A luz do céu esta muitas vezes onde os corações não a percebem de pronto, vivem correndo para conquistar, ter, possuir, chegar primeiro competir,  e os valores que realmente importam que alimentam a alma nos dias difíceis, passam ao largo, como lições não percebidas dada a pressa em chegar a lugar nenhum.
Um belo dia, fura um pneu, para a correria, olham em volta e começam a perceber que o tempo  e espaço percorrido não mudou para melhor seu próprio ser. Então olham abismados as crianças em baixo daquela ponte, num espaço diminuto, brincando com uma bola velha esfarrapada, feita de sobras das meias mais velhas.
Observam a simplicidade e singeleza verdadeira nos sorrisos abertos, e de repente a bola vem parar aos seus pés e uma voz com som divino  diz: Ei tio, jogue nossa bola.
Ele se abaixa a recolhe e como um grande atleta olímpico arremessa para os meninos que correm para disputa-la.
Seu coração se aperta, pois ao lado da ponte onde brincam, tem um  terreno há muito   esquecido, entulhado, morara nele seu velho pai, sua mãe e irmãos ate que deixaram o lugar.
No outro dia maquinas  operam ali, limpando cercando e um grupo de homens  fardados, sob o comando de uma voz enérgica, diz, podem plantar as gramíneas, e ao fundo rápido como um raio, surge um prédio daqueles pre moldados, rapidinho se levanta, surge um campo verdejante, e o homem que observa as crianças que fora tocado pelo Mestre
Oferece-lhes o céu que desce a terra, desde o céu que o amor de dentro constrói em luz.
O amor em ação, é o céu manifesto na terra entre os homens de boa vontade.



Antonio Carlos Tardivelli

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Antonio Carlos Tardivelli