sábado, 29 de setembro de 2012

O Anjo a estrada e o amor.




Em um dia de nosso senhor, jovem ainda rogava aos céus  iluminação para seguir sem tantos tropeços, culpas em sua jornada.
Atento aos sinais na existência sua essência interagia com tudo o que lhe era colocado no caminho, pois considerava sagradas todas as coisas.
A perseverança era sua marca característica, muitas vezes sem deixar se abater com as decepções da ingratidão, da malicia, da maledicência, travava intensa luta com forças muitas vezes desconhecidas, a favor de quem sofria.
Nos processos de perturbação espiritual sempre como instrumento dedicado abria-se para o mundo maior buscando elementos para a assistência justa, dentro dos parâmetros orientados por essa vontade maior dentro de si mesmo.
Nos pequenos tropeços da vida, quando reconhecendo enganos próprios de mentes atuantes em si mesmas, procurava inspiração ou orientação precisa para devidas correções interiores.
Aplicando-se no campo afetivo, pois a todos  entendia sagradas creações de Deus, buscava servir sem olhar a quem, jamais julgando e confiando que a providencia sempre traria lições que provocariam o despertamento necessário para ajustes diretivos urgentes.
Nas rotinas diárias empregava  todo tempo para impor-se auto disciplina as menores tarefas posto que se sentia responsável em dar de si como resposta divina a todos aqueles que o procuravam, aplicando-se a orientar segundo a crença religiosa que abraçava.
No rigor da prova mais difícil aceitava paciente as dificuldades do caminho pois sentia que cada uma delas era movimento da vontade divina na sua própria direção.
A todo movimento de dor, encontrava razão para dizer da esperança, quer para aqueles cuja crença humana os julgava perdidos para sempre, num fogo sem fim, ou para aqueles cujo grau de entendimento não conseguia ainda pelo seu mental pouco utilizado, compreender que a vida é preciosa oportunidade no tempo para aplicações praticas de tudo o que era direcionado ao doador eterno como pedidos para pendências, necessidades, entendimentos.
Achava-se adoentado a ultima hora, em seu momento de passagem desta vida para a existência eterna, úceras  diversas recobriam seu andrajo fisico, mesmo assim, seu espirito não relutava e pedia iluminação ao divino provedor da vida.
Dores atrozes o acometiam e os circundantes apesar de todo tempo sua postura ética ser inquestionável, maldiziam-no como a um imprestável pecador colhendo o que sua maldade plantara durante os dias que Senhor da messe lhe concedera.
Por considerar a essência divina em cada ser, pensava consigo nestes momentos cruciantes, O mestre maior, antecedendo ao martírio , e já posto como cordeiro divino, fora aviltado, injuriado, cuspiram-lhe na face pura, mesmo assim disse em ultimo suspiro do corpo fisico, Pai perdoai-os eles não sabem o que fazem.
E assim deixa o corpo fisico repetindo as mesmas palavras para aqueles que o julgavam estando ele no leito de morte.
É de pasmar a alma humilde e branda em sua luz quando do seu retorno.
Aquele ser que era pedinte pelos outros e a si só pedia iluminação para entender as próprias dores, chega a porta celestial com tamanha luz  tomada nas provas, que a sua simples passagem provocava respeitosa referência.
Chegada a colônia de onde partira para a jornada física, o diretor responsável o recebe com um afetuoso abraço. Ele ainda roga ao distinto operário do Cristo que o auxilie no encontro com a iluminação pois a sentia mais urgente ainda como ferramenta necessária ao auxilio fraterno.
Com lagrimas nos olhos, e um perceptível respeito a criatura diante de si ele responde, vá meu amigo ate a sala adjacente alguém esta a lhe esperar.
Ele humildemente aceita a orientação e agradece dirigindo-se a sala.
A porta se abre ele adentra, e la o aguardava uma figura singular, toda de branco, com longos cabelos castanhos avermelhados pendentes ao ombro, vestes longas brancas, uma cinta de cor dourada cingia-lhe a cintura.
A primeira vista seu sentimento indagante naquele instante diz a si mesmo, quem será que me aguarda?
O ser vira vagarosamente ciente da sua expectativa e dois olhos claros que lhe penetravam profundamente em sua alma faz com que em um único instante reveja toda sua jornada na terra.
Cada doente que assistiu cada esperança que levou, cada momento de auto correção, cada caridade praticada, cada obssessor esclarecido por seu generoso exemplo passava agora neste instante diante de si como um filme.
Estava ele diante de Oxalá.
Que se lhe sorria e lhe disse filho meu seja bem vindo de volta.
Ele descobre com indescritível felicidade, que Oxalá estivera a seu lado todo tempo iluminando seu caminhar para que ele pudesse também ser luz para o mundo.
Então vê a si mesmo como é conhecido
e pede nova oportunidade de trabalho para renovar as esperanças dos mais desditosos.
Como resposta lhe é indicado um mundo feliz como estagio de aprendizado e aperfeiçoamento precedente a próxima tarefa.
Ele renasceria na terra, como Francisco de Assis.

Benjamim Sharan

Antonio Carlos Tardivelli

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caso goste de alguma postagem do meu blog, fique a vontade para comentar, criticar, compartilhar
Antonio Carlos Tardivelli