Se pudesses ver, dizia a um cego o ancião e visses todo o
universo diante de si acaso creríeis que alguém fez todas as coisas?
O cego que era mestre sem nunca ter enxergado a luz responde.
Se vísseis o que tenho ouvido que na Galiléia surgiu um
homem que curava cegos, fazia coxos caminharem, ressuscitava mortos tu dirias o
que? Veio acaso este a mando de alguém
que fez todas as coisas?
Os dois então silenciam meditando em meio a um grupo de
creaturas que estavam por perto para ouvi-los.
Percebendo essa proximidade depois de alguma reflexão os
dois concordam entre si de responderem sua própria indagação.
O primeiro mestre ancião então inicia sua resposta.
Eu creio. Posto que é impossível não crer. Diante de tal
imensidão, e perfeição. Onde astros enormes orbitam harmoniosamente por milênios
a perder a conta, e neste tempo a ação constante, deste mesmo creador, ali
existem almas a exercitarem seu discernimento. Como nós aqui comparemos:
Não somos sois em sabedoria, mas perseveramos em sua busca, então
agregamos por afinidade e atração outros espiritos que nos observam , ouvem as
conclusões que a que chegamos orbitando em torno, enquanto outros astros de
igual importância passam ao largo rapidamente, tendo outras obrigações e realizações
a cumprir.
Somos semelhantes ao universo movidos por essa vontade maior
e perfeita que aproxima os afins para que se de aqueles que não tem ou para
acrescentar aqueles que já tem.
O segundo aguardava e
ponderava ate que quebrou o silencio e era como se olhasse para as almas
presentes e dizia:
Vendo o que vejo sendo cego de nascença eu creio sem ver
como vocês vêem porque mercê da generosidade deste mesmo creador tive a
oportunidade de ouvir pessoas falando
dele e de suas obras maravilhosas postas a vista de todos. Enquanto falava
alguns esboçavam um sorriso um silencioso.
Da forma que eu vejo diferente de todos aqui compreendo a
palavra do amigo eterno quando diz bem aventurados os que não viram mas creram.
Parece parte de um contexto dirigido a visão física, entretanto o creador
prove de forma diferenciada para que se
atinja um mesmo fim.
Você me diz vejo e quando afirma com convicção o que vê vejo
através de você. Deste ponto de vista somos como os astros do universo
orbitando para atingir um mesmo fim E não vêem todos aqui presentes um pouco
através do que já sentimos e vimos? Que vontade é essa que nos une numa mesma
busca e depois como um período de descanso trocamos nossas impressões, percepções,
sobre esse Pai maior.
Agora multipliquemos isso no campo da existência corpórea entre
todos os níveis da sociedade.
Não existem bons e maus aprendizes nesta escola? E todos não
estamos sujeitos as mesmas leis que
regem o universo? Não somos filhos de uma consciência maior que nos deu
oportunidades diversas?
Orbitam assim os bons aprendizes na pratica da sabedoria
absorvida e os maus orbitam com seus afins numa outra esfera enquanto possam
orbitar juntos numa proximidade maior isso é permitido para que um promova o
outro a considerações de níveis superiores.
Mas deve chegar o tempo onde isso não será mais possível,
como então todos podem atingir o mesmo ponto uma vez que nenhuma das ovelhas se
perdera? O que é o mesmo que dizer que
nenhum espírito encarnado deixara de atingir a angelitude?
Deve existir por essa vontade que nos reuniu neste texto,
mundos orbitantes neste universo visto por todos, sentido apenas por alguns,
moradas infinitas para a diversidade de aprendizes bons e maus.
Considerando ainda que maus aqui é apenas a afirmativa da ausência
de consciência do bem.
Silenciaram os dois anciãos o cego que via e o que via o que
via e tomaram direções diferentes.
A par disso os que orbitavam em torno dos dois se dispersaram
para seus núcleos de atividades.
Refletindo naquilo que foi dito.
Somos astros celestes orbitando um a proximidade do outro.
Quem tem olhos de ver que veja.
Pai Jacinto de Oxalá.
Antonio Carlos Tardivelli
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