quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

A cegueira temporária.









Porque será que o maior dos mestres curou a cegueira transitória e não se viu nada mais para alem da alegria do cego, ou o fato maravilhoso em si?

Quem detém a sabedoria jamais atua em qualquer campo de forma impensada, e supor que a cura desejada pelo mestre dos mestres era apenas um ato isolado de cura, pasmos, diante do fato do cego ter nascido desta forma, então, refletindo podemos entender que o alcance desejado vai alem da forma vista.

No campo físico existem cegos que não desejam ver, toda dificuldade é prenuncio de fatores que se contrapõe ao temporário. Resquícios de tempos passados podem eclodir em cegueira temporária, mas não a essa cegueira a que veio o divino mestre.

O choque do homem cego que volta a enxergar traz do ponto de vista da constatação da sabedoria deste mestre, o encontro com outro despertar desejado por ele posto que veio para que todos tenham vida e vida em abundancia.

Veio para que todos possam enxergar plenamente todas as maravilhas existentes vindas da vontade suprema.

Quantos olhos vendo não vêem? E quantas almas dizem que vêem e assim dizendo não tratam o sagrado como algo profano!

Ver além da forma eis a proposta educativa deste grande educador!

Olhar para o mais profundo de si, com vistas a diversas oportunidades oferecidas pelo creador de todas as coisas deveria chamar mais nossa atenção, muito mais que a cura em si, pois a cegueira não exclui do espírito outras oportunidades perceptivas donde pode encontrar verdadeiramente a luz que importa.

Se cego nasceu e teve sua cegueira curada terá vindo apenas com essa finalidade? E depois de estrada dura e escura, perder no tempo as aquisições da sua vontade e perseverança no fluir dos milênios?

A cegueira fomentada pelo materialismo se mantém alem da vida enquanto a consciência não se libertar dos rudimentos da experiência material. Alçando vôos mais elevados sua vista se detém diante da imensidade.

Extasiado o espírito recebe as informações via sua essência do ponto exato onde se encontra, e ai, a vista do que é de fato, se torna desejo de ascensão naturalmente em si instalado pela via das leis naturais da vida.

Quem diante da imensidade do universo não se detém por instante que seja a considerar a que veio o que faz, para onde vai?

Se a cegueira do discernimento mais acertado se prolonga, a dor não vem como instrutora providencial? Quantos homens justos há sobre a terra? Nenhum diria o espírito mais esclarecido nos rudimentos da trajetória planetária nesta fase cíclica!

Nem por isso se deva desalentar a alma buscante não é o desejo de chegar que impulsiona o viajante? Se medir a distancia de um ponto onde se esteja a outro que anseia alcançar isso não o motiva a renovação das energias intimas no propósito visado?

Assim é a vista do cego para sua própria espiritualidade, quando cai o véu que lhe recobre , a nuvem do corpo físico denso que lhe embaça a vista.

Quando por fim, retoma a necessidade maior do seu caminho, de aprender e contribuir através do amor e do desapego completo como membro ativo do processo redentor da humana idade, sua consciência se liga aquele que o gerou e sua felicidade está em descobri-se um com a grande mente.

Se cego tateio em tantas eras
E por virtude conquistei algo aqui na terra
É por amar que volto de outra esfera
Para tratar a vista no trabalho que redime e eleva.

Se por ventura lograr ser esperança, porque alem da vida vivo
Da vida que trago do amor que sinto
Então, terei vista da alegria em que seja causa.
Ela por ser doutro em mim permanecerá inalterada

Pode um cego conduzir outros que tateiam?
Se por sincera vista dos meus tantos desacertos
Por certo que ofereco ao campo da experiência
O que tenha, e se julgue, se compreenda.

E se a compreensão não for alem da forma
Que pela letra indica dor ou alegria que se transmita
Não será falha do meu desejo de amar de alem da vida
Sim da sintonia em que se situem as almas na carne.

Mas se calasse minha fala, gritariam as pedras!

Eis que bate a porta o tempo do caminho estreito
Por isso trato por meu amor esperança
Enquanto aguardo por minha vez
Que minha vista seja curada por quem mais veja!

Não estou só nesta jornada.
Ao meu lado ombreando no mesmo esforço ritmado
Os escolhidos. Encarnados.
Pedras rudes sendo lapidadas.





Antonio Carlos Tardivelli

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

O homem e sua destinação eterna.



Desde há muito o espírito encarnado tem tido experiências espiritualizantes de própria vivencia ou de relatos individuais que são dignos de credito dada a postura seria e voltada para o bem dos que as trazem.

Digam os descrentes da vida após a vida o que disserem, todos no tempo justo irão reentrar no plano vibracional para onde o corpo fisico mais denso limita o acesso, terão forçosamente por si mesmos contato com essa realidade.

Eu sou! Existo, penso fora do ambiente físico!
Pasmos muitos em decorrência de inapropriada preparação para tanto, ainda apegados ao campo transitório, dirão não! Eu não morri!Estou vivo, e não haverá ai nenhum engano ou alguém tentando convencer da sua própria realidade como espírito eterno.

Diante da realidade pura e simples, forçoso admitir, pois terá diante de si a constatação objetiva, que somos todos viajantes em processo de evolução constante. E o tempo decorrente no estagio de não aceitação da própria realidade vivencial fora do corpo será em semelhança ao período da infância na carne, onde tudo parece novidade embora seja uma repetição de experiências já realizadas.

Claro que por esse caminho passa também a vivencia do próprio estagio em que se encontra o viajante, se sua bagagem esta repleta de amor a sabedoria, outros tantos ligados ao campo do conhecimento da filosofia e das implicações morais relativas a estes, estarão próximos compondo fraternalmente um enorme numero de espíritos afins.

Assim podemos ter vivencias em paragens sublimes e luminosas segundo nossa bagagem de viajantes na estrada evolutiva, ou em sombrios antros onde nossa sintonia vibratória nos situe.

Sem julgamentos diante das opções de tantas criaturas que se encontram nas regiões umbralinas, pois o caminho é indesviável, “nenhuma ovelha se perderá” essa é afirmativa real e objetiva do divino condutor desta humana idade.

Não mais anjos e demônios mas sim, um trajeto de ascensão espiritual pela sublime compreensão e aplicação das leis do criador em todas as coisas.

O premio justo é a felicidade interior, do dever consigo mesmo retamente cumprido em todas as fases da existência.

É evidente que os espíritos mais preparados para a compreensão mais justa, verão na escada descritiva deste sonho, segundo suas aquisições espirituais. Uns fartar-se-ão na figura de seres com asas, outros se predispondo a realizar o que amplamente o Creador capacitou suas creaturas.

Noutros de vista mais acertada, estes mesmos chamados espíritos de luz que como anjos descendentes visitam os lugares mais sombrios, de dores e angustias, lagrimas inestancáveis para a pratica do amor mais puro, sob a condução amorosa do dirigente planetário Jesus.

Se imaginarmos a ação do amor nos tempos atuais vêm à mente nomes respeitáveis por sua ação meritória na caridade. Urgente, entretanto ombrear com esses dignos operários nas disposições de trabalho.

A figura oferecida traz assim, a idéia de que aqueles que alcançaram patamares sublimes, a exemplo do divino condutor, se debruçam em função da luz interna, no trabalho de contribuição para a elevação das consciências terrícolas.

Trabalho lento que já toma milênios a perder vista, uma vez que muitos são agregados por via de sintonia de orbes mais distantes. “Existem muitas moradas na casa de meu Pai” Roga-se atenção a esperança que é colocada à reflexão, sem que ela seja fator de espera que tudo ocorra sem a ação ativa da vontade que busca agregar valores a si, bagagem no campo do desenvolvimento espiritual, que todos levam segundo suas afinidades vibracionais.

A visita do amor.

Louvores aos céus na ação sublime
Onde a alma viajante se dispõe a servir
O semelhante é referencia de trabalho
Na visita do amar de si.
Se pode oferece o pão como alimento
Amparando nas duas esferas se necessário
Uma oferta no altar do Pai é conhecimento
Noutra se junta na beneficência a outras manifestações de amar.
Quem haveria de conduzir tal processo?
De onde, de que esfera atua este amor sem fim?
Roga-se que sublimes luzes desçam a terra.
Não é o que compreende a lição digno mestre na escola?
Se teu amor te pede ação não demores
Sois resposta celeste ao agreste campo na vida
Veja que os viajores aflitos buscam ávidos
Vezes sem consciência desta busca
E são movidos por força interna indesviável.
E te encontram no caminho, existe acaso? Acaso?
Faz-se o caminho do céu em tua consciência
Tratando da manifestação do amar que estejas..
Ele visita quem em amar se doa
E por ser verdade
Liberta.











Antonio Carlos Tardivelli

domingo, 21 de dezembro de 2008

Visita da Esperança.




Nenhuma das ovelhas se perderá.

Olhando para a humanidade, quantas vidas em diferentes estágios concenciais.

O bruto e o aprendiz caminham juntos no mesmo presente, os contrastes são evidentes, o aprendiz trata do entendimento mesmo que nos primeiros passos enquanto que o bruto, ainda por despertar, trata o presente do seu ponto primitivo com toda agressividade que lhe seja peculiar.

O avanço da ciência traz consigo a intelectualidade, os mais versados nas idéias e filosofias, mesmo enquanto aprendizes pasmam diante da realidade opressiva das violências massificadas.

As religiões parecem ter perdido a sua capacidade de religar o homem com a divindade e em meio a enganos visíveis, diversificam os ritos e se perdem os princípios.

Os presídios andam cheios, aqueles superlotados, de grades asfixiantes cerceando os violentos e outros tantos que em núcleos de medo, a guisa de proteção, cercam-se pelos lados com grades e com trancas cada vez mais resistentes.

Outros já bem mais cansados e chamados oprimidos têm na sua relação com a existência a marca característica da revolta agressiva ou da inconformação destemperada.

Diante deste quadro presente, onde se enquadraria sem o entendimento da repetição de existências seqüentes aqueles que, não se situando na mansuetude e calma, que prepondera em mentes e corações ajustados e equilibrados, dentro desta vista de esperança futura.

Tratariam os mais intelectualizados no campo de conhecimento especifico, que muitos dos seres brutos, ou quase todos, não teriam acesso ao brilho da lapidação do tempo, a ponto de estarem permanentemente perdidos para o conceito humanidade.

Desalojados, portanto da excelsa proteção do amor paternal do criador de todas as coisas.

A pista oferecida pelo divino missionário da paz, entretanto, oculta em si algo que se deva considerar sob o ponto de vista de existência eterna dos seres que, nascidos do espírito vivenciam experiências enriquecedoras as suas personalidades.

Quantos haveriam de encontrar a paz e o equilíbrio justo frente a essa idéia de existir plenamente e de forma eterna? Qual caminho para se seguir para atingir tal objetivo?

Com reclamos por vezes justos diante da dimensão das adversidades muito do perfeito entendimento se perde, das verdades mais profundas sobre a existência do espírito humano, do filho do homem, posto que o próprio homem teceu a si, no campo das idéias e concepções sobre a transitoriedade da vida e a sua necessidade de entender de onde veio e para onde vai, equívocos enormes e por vezes sem o socorro de mentes mais esclarecidas, de difícil transpor.

Essa idéia de que nenhuma das ovelhas se perderá nos remete a reflexão de quanto somos de onde viemos, para onde vamos e o quadro que se forma pela via da intuição pura, pois tratamos dentro do campo físico de algo abstrato, e que na simplicidade da síntese oferecida, quer dizer que, ninguém se perderá.

Todos os nascidos do espírito, ou seja, que tem origem divina, seguirão por um processo de evolução em suas mentes, em seus sentimentos, que conduzirá a um estado de entendimento pleno e, portanto de gozo indescritível a tempo justo.

Claro que o caminho para essa fase pode demorar mais ou menos segundo os apegos ao transitório muito evidente nestes tempos de transição.

Imaginar que um ser criado pela inteligência suprema, fosse fadado a um processo de dor inextinguível seria tentar confinar a luz do maior astro conhecido na terra, a um grão de areia, portanto, tarefa impossível de ser realizada. Se bem que o estudo do histórico humano esta repleto de exemplos onde o homem assemelha a si seu criador.

Existem desvios no caminho, mas todos eles quando distantes de leis naturais que regem todo processo, um ajuste diretivo acontece por via intima a cada ser e a insatisfação, o desejo de algo inexprimível ocupa o inconsciente, e como resultado a tempo de maturação a volta da personalidade eterna ao ponto de equilíbrio, onde seu discernimento pode avançar significativamente.

A visita da esperança é, portanto o encontro com a verdade pura e simples.
Claro que por caminhos da abstração mais aprofundada, pois quantificar para o raciocineo para mentes ainda muito envolvidas pelo egocentrismo é tarefa inútil .

Não se atinge o nível de compreensão necessária sem que se abandonem valores pseudos verdadeiros de tratados filosóficos com compreensíveis desníveis com a realidade espiritual, dado ao pouco esforço mental que muitas das ovelhas fazem neste processo evolutivo concencial.

Como e quando se chegará coletivamente a estagio de paz completa e pleno entendimento da síntese oferecida pelo divino missionário, depende de cada um, do seu esforço de desenvolvimento discernitivo.

No processo de seleção natural da natureza possível de ser observado pelo conhecimento atual, pode-se chegar a conclusões interessantes, porem com limitações evidentes.

A seleção natural, entretanto, do ponto de vista do avanço concencial do filho homem, ou seja, do divino inserido na experiência corpórea, ocorre pela sua sintonia com esferas cada vez mais elevadas, segundo sua predisposição interna e esforço para elevação pela ferramenta da vontade.

No campo da humanidade, como podemos sentir, a violência e os instintos mais primitivos preponderam, são ovelhas que se desgarram e que escolhem a faixa vibracional que desejam se situar no momento cósmico. Claro que isso em demora acentuada, conflita com a lei natural que impulsiona o ser para sua destinação inevitável.

Ai se encontra as razões para tanta dor e desarmonias diversas.

Quando o divino condutor afirma que nenhuma se perderá, sua vista esta para o tempo eterno, e sua capacidade de abstração e analise muito elevada, oferece uma estrada reflexiva que quando a personalidade encarnada atinge o grau vibracional onde a percepção possa ser atingida, o entendimento acontece de forma clara e inequívoca.

Não existe nesta afirmativa ligação com premiação a inatividade a ociosidade, mas sim um encontrar consigo mesmo, uma verdade que deve ser vivenciada dentro do campo de equilíbrio pleno da consciência.

Ser ovelha eis a questão. Aceitar o que nos cabe dentro do campo das auto realizações necessárias, como submissão cada vez mais consciente as leis naturais. Quanto mais conscientes do que somos, de onde viemos e para onde vamos.

Mais felizes seremos...

Felicidade é ser e estar
É caminhar pela imensidão
Compreender o perdão.
Oferecer a vista do outro
Sem os limites do ego
O que sente sobre ser eterno.
É crescer enquanto se caminha
Compreender esse processo
Sorrir na jornada infinda do progresso.
Mas se chorar também entender
Que aconteceu algum desvio
Em tempo que pode se perder a vista do entender de agora.
E o chamado a consciência é esse
Deixe-se visitar pela esperança.
Aquela que se traduz por verdade que sinta
Pois o filho do homem traz em si o divino
E toda lei inscrita em si.
O templo lhe serve como abrigo
A vida lhe serve como estrada
O campo como atividade abençoada
Onde semeia paz
E ela lhe retorna por efeito.
E quando avalia os seus feitos
Se bem compreendida a própria vida
Ela se lhe serve como estrada
Repetida vez transitada
Enquanto seu espírito agreste aprende.
E segue em frente
E a cada lição que absorve
Se liga ao mais alto e mais nobre
Então a ovelha se sente salva.
E o divino condutor a abraça
Venceste... Venceste minha amada...

Eu sei, eu sei... Teu nome sagrado.
Meu amado ela então responde feliz...



Antonio Carlos Tardivelli












quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Por ser saudade.


Algo que não explico
Porque sinto
Apenas trago dentro de mim
E quero que permaneça
Ate que seu beijo coloque a ela um fim.

Entanto já que sou chegada e partida
E te levo dentro
Porque sinto
Vezes vivo da tua lembrança
Noutras me sinto morrer na tua ausência.
Por ser saudade tua, quero que fique.

Sem o lamento da distancia
Porque ela não existe
No que sinto
Você é sempre presente
Então me deixo nesta saudade
Que me toma, por escravo da lembrança.

Do teu jeito
Da tua voz
Do teu silencio
Do teu riso
Teu choro
De quantas vezes desejei seu abraço
E por tantas noites insones, apenas sonhei.

Que fosses minha e no meu sonho
Eu, feito de grito e silencio.
Comoção em paixão
Já que me dito louco
Sou pela causa da saudade
Que quero que fique
E que morra
Na tua presença, no teu afago.

Sinta então a embriagues no meu abraço...
Sorvi o cálice da saudade ate a ultima gota
Quero que ela morra e fique não parta!
Seja terna por ser saudade
Eterna, pois o que a faz ter vida dentro de mim.
É o meu amor, é o meu amor.

Meu amor...




Antonio Carlos Tardivelli