quinta-feira, 29 de julho de 2010

Um caminho da sabedoria


Jovem ainda, disposto a percorrer o caminho da sabedoria
Pedia ao grande provedor, por entender que tudo mais era de menor valor.
Posto que aquela altura sentia que tudo se me oferecia segundo a sinceridade do peditório
Junto às aquisições do tempo, se somaram tantas inquietações e problemas
Que julgava ser o aprendiz mais relapso, e quando mais o sentia
Mas de mim o propósito de alcançar a sabedoria se distanciaria.
A indumentária física, carente de elementos nutritivos ao correto desenvolvimento
Fazia com que meu espírito se afligisse muito, dedicando tempo infindável
Ao labor do negativismo, do não posso, não consigo, é pecado, existem os que estão com melhor preparo.
O inferno me aguarda e não há desvios, ah pobre de mim! Me sentia em um e o ignorava
Ora o caminho que se encontra para o pleno entendimento já está traçado
Não como afirmativa de destinação indesviável, a destinação assim posta é utopia
Pregada como verdade absoluta, entanto o caminho da sabedoria nos indica
Que estar destinado a alcançar o ápice da plena consciência de Deus em si
Não desagrada o pensador mais dedicado a letra a filosofia à ciência.
Conquanto pareça contraditório o Creador pensou a creatura
Do momento do primeiro respiro, ao despertar da sua consciência cosmológica.
Para, portanto atingir o portal da sabedoria há que se alcançar o anjo oculto na carne.
Ou por idéia negativista, tudo terminando com a mortalha
Não existe pena ou goso, nem na vida nem na morte nem no após vida
Nem na aquisição de sabedoria no vagar dos milênios, por que o nada dela não necessitaria.
Então por meu espírito de busca, entendo que a sabedoria é uma porta
Pois adentramos ao desejo de alcançá-la e quando se lhe toma posse
Não se pode dividir plenamente a não ser com anjos em semelhante busca
E destes o céu se satura em todas as dimensões
Cada ser pode ser aquele que vá entender a linguagem oculta dos anjos
Porque o potencial para ser existe é preexistente a consciência que encarna na terra.
E se fores um, considera, que a sabedoria não se da por graça, por peditório silencioso, embora tudo o doador eterno já tenha pensado que será, mas sim por perseverança em mais de uma existência, afinal Ele sabe todas as coisas e conhece profundamente tudo o que tem creado
Quer na terra de provações e aflitivas circunstâncias, quer no céu onde a terra se situa.
Nos céus de ser, sentir, viver
Sempre como se fosse à primeira vez... Embora por vezes nossas percepções nos indiquem
Que são situações muitas vezes repetidas
Uma das vertentes da sabedoria é saber. Ser sentir viver...

Que a paz e luz, de bandeirantes da luz
Inunde teu reconhecimento
Sobre o que tu és.
E tu já sabes andarilho
Sois deuses... Afirmou o maior dos sábios
Jesus de Nazaré.

Antonio Carlos Tardivelli

terça-feira, 27 de julho de 2010

Por condição intima.



A paz por condição intima
É conquista no tempo, onde se realiza aquilo que se crê
Com correção em meio do caminho,redirecionando energias, disposições
E o norte, oferecido Pelo Cristo
É aquela que é dele, e que de si ofereceu Diante de partida iminente.
Sem que tenha intima disposição em alcançar o entendimento,
Ela pode ser apenas palavra como enfeite em labor intelectual e frio
Diante da vida, entretanto, a paz é soma de feitos , bem feitos ou não
Dada a consciência de ter sempre buscado o melhor
Primeiro aqueles principios que por julgar mais corretos saio de mim e busco
E realizo por pouco que seja com Maximo esforço entanto.
Por certo, amigos e inimigos julgarão muitas vezes tímidos os recursos desprendidos
Noutra vez, por generosa oferta, tratam de caminhar comigo ombro a ombro
Como se o amparo da amizade e respeito, fosse motivação necessária e suporte para a paz continua.
Grato pela vida, meus anseios e esforços se multiplicam na direção do infinito bem
Se bem, que muitas vezes no caminho, tropeço repetidas vezes nos mesmos enganos.
Quem caminhar comigo, reconhecerá por certo minha luz e trevas
E nesta dualidade, onde meu espírito mais e mais alcança paz. Por ver, sentir e ser Cristo em mim
Ah que não sou perfeito, mas perfectível é certo
Então por paz que eu tenho te dou o que sinto
Porque sou o que sinto, sinto paz, por ter dado na vida meu melhor
E ela que não termina me aguarda a disposição certa, futura, presente em renovada disposiçao. De tentar sempre, meu melhor e se o queres guardes pra ti
Parte de mim que ao verbo declino, em semelhança pode ser com teu campo intimo.
Se me tomas por mais, que eu não seja, me perdoa por agora, ja que ainda não sinto toda paz que posso
Ou se me negas por teu entendimento que esteja assim, com real condiçao intima
e nao em delirio macomunado com demonios interiores
Veja , sinta, que meu canto é livre.O teu de ler e sentir meu ser também...

Antonio CArlos
Tardivelli

terça-feira, 20 de julho de 2010

Amigos



Alguns cobram da gente perfeição- Logo não são amigos então
Porque o que tenho de perfeito?Se não a minha opção por amá-los como são.
Mas o que sou para eles, penso... Será que realmente sei amá-los como são?
Sei não, sei apenas que tento acertar mais sempre, e preciso deles para aprender
Acho ate que o único amigo que eu tenho e que me tem realmente
É Cristo...mas sou egoísta, o que tenho, quanto tenho, quando divido?
Porque ele não me cobra perfeição, sabe que sei amar pouco
Sabe que não sou perfeito... Ainda
Creio que um dia chego La, com todas as bagagens de todas as viagens.
E os questionamentos de quanto e como eu consigo amar.
Afinal amar é perguntar quanto?Se não pouco que seja gota, mas que seja agora
Se muito que não seja só - Porque existe amar sem dois no mesmo propósito?
Não é dois de alguma sorte em algum conflito que se entendem
Será que amo o tanto que devo, ou apenas tento?
E o que conflita dentro de mim será pelo tanto que eu amo,ou pelo tanto que eu tento?
Será que meu amor não falseia ao esperar retorno, não seria amar o amar que eu sinto?
Seria eu o amigo que alguém espera? Talvez não!
Talvez eu esteja a pedir demais e me dando de menos
Mas que amigo teria a coragem de me ver por inteiro
E dizer num grito ou num sussurro... Ave amigo, se não sou tudo o que esperas
Perdoa-me, sou o que sinto...

Antonio Carlos Tardivelli

sábado, 10 de julho de 2010

Vez de amar



Enquanto busca do espírito
Amar é o encontro do ser com sua essência
Que por vezes vive na personalidade feminina
Logo, no encontro de dois seres se tornam um só.
Difícil separar o que é um
Nem distancia, nem as dificuldades do caminho o fazem
Pois o que se torna um, é tanto na adversidade como na alegria
Ai desta fusão de seres, dizemos que é amar.
Quando a proposta de entendimento do amor transcende
Sai de cena o ego, a ligação entre sexos opostos
Para ocupar espaço e tempo o ser divino que vê além da forma
Ocupa-se de estar em harmonia consigo mesmo e com os outros
Pois é no caminho da harmonia que se revela a transcendência
Do momento de amar.
Então o movimento de amar é continuado
De pequena centelha dentro do entendimento
Para um sol que abraça a todos com seu beneficio incontestável.
Quem ama sabe o que seja. Vez de amar
Porque encontra em toda circunstancias oportunidade deste manifesto intimo e divino
E a terra, o momento presente, passa a ser oportunidade de exercitar esse sentimento
Que pode se bem aplicado a si encontrar o anjo que se oculta na carne
Capaz de no exercício de ser, amar incondicionalmente
E acreditar que a prisão da forma sendo temporária
Todo ser alcançará a angelitude
O que difere é o tempo que se conta
Embora em amar o tempo seja mais que relativo
Quanto tempo amaria quem amou primeiro?
Afinal, na origem do amor, de qual parte de si mesmo renunciaria
Abandonaria, já que quem ama se torna um


Antonio Carlos Tardivelli

sábado, 3 de julho de 2010

Eis-me aqui



Eis-me aqui.

Sob intensa emoção a afirmativa do apostolo cristão se apresenta
Depois de vagar pelos caminhos da incompreensão e intolerância
Conhecendo seu mestre seu potencial oculto, a ele se apresenta
Na forma de uma intensa luz cegante.
Saulo, Saulo! Porque me persegues?
E esse mestre que tem palavras de vida eterna é incansável
Embora a humanidade desista de si mesma muitas vezes
Ele se faz presente nos chamados diversos da vida
Para que enfim a creatura possa adentrar a compreensão de si mesma
Porque em síntese é o foco da sua luminosa missão.
Que o pequeno grão de areia depositado na forma humana na terra saiba
Que é divina sua condição intima, e suas potencialidades adormecidas
Podem ser despertadas com um toque do amor
E a parte do movimento que cabe a cada creatura, é dizer, Eis-me aqui.
Não na posição de dobradura física como se ante o altar de adoração
Mas sim nas disposições diversas do caminho onde ele sendo o condutor
Traça planos de amor a cada um, esperando resposta intima
Como a humanidade se multiplicou desde este momento do apostolo cristão...
E como cresceram a incompreensão e a intolerância em nível de humanidade.
Posto o sim intimo e intransferível, o que importa vai despertando ao longo do caminho
Enquanto os convites a transformação da centelha divinha são colocados.
Ora é pedido ao coração a compreensão do outro como ser divino
Que esta por vezes presa da própria ignorância do seu ser oculto adormecido.
Então a voz do mestre ecoa ao som da voz do discípulo
Sejas tu a esperança para o mundo intimo de alguém.
Porque adiante na estrada a luz cegante entanto reconfortante
Convida-te pessoalmente a que sejas tu mensageiro desta boa nova
Sois divinos embora presos em corpo transitório.
A vida se resume a peso que o amor dimensiona
Teu amor dizendo: Estou aqui Senhor o que queres que eu faça?
Ela, a vida, adiante de ti se abrirá e a noção mais exata do ser divino sentirá
Nos seus atos, nas suas palavras, partindo do seu coração
Porque quem segue um mestre torna-se um com Ele.
E pode ser a mesma luz reconfortante solicitando respostas
Dos anjos ocultos na carne transitória.

Não fossemos anjos em potencial
Porque Cristo encarnaria?
Eis-me aqui, e quando falo, Ele estando em mim e eu nele
Somos um...

Antonio Carlos Tardivelli