segunda-feira, 5 de abril de 2010

Por perda


Por perda, dor, que eu então a sinta, mas a ignore
Posto que a dor nada mais é que partida. Como veio irá embora.
E só parte quem primeiro deixou marcas em mim.
Fosse um eu um verso, seria uma lagrima.

Mas sou poeta e a dor é companhia, amiga às vezes
Se fosse só uma lágrima seria um verso, mas meu verso é dor.
Mas como sou nada, então eu choro sem verter uma lágrima
Nem a lágrima me consola ou alivia.

Então por ser poeta conto minha história
Sou verso em visita de memórias
Sou dor pela fadiga de querer ser amado
Sem encontrar amor. Sem compreender o que seja amor?

Ah mas um dia, guiçá na perdição dos tempos
Onde meu espírito encontre seu porto
Talvez nos abraços da esperança me reconte
Do que foi amar em minha vida, e o que foi fim ,partida.

E se não encontrar porto em minha busca
Que eu seja um poema repleto de dor em versos
Para que quem sinta a sinta ou ao verso
Saiba que sou, uma lagrima, um verso, uma lembrança...

E se por lembrar nunca te esqueça
que eu me perca, mas sempre me encontre.
E se por lembrar somente dor eu sinta
Que eu esqueça... SE entanto for por esperança e alegria
Que conte cada momento em meus versos
E que nunca mais eles experimentem dor..

Antonio Carlos